domingo, 14 de setembro de 2014

Capitulo 3


Acordei sozinha no carro. Estava estacionado no meio do mato. As árvores impediam em algumas partes a luz da lua, o que fazia ficar bastante escuro. Levantei-me depressa e assustada. Fazia um silêncio terrível. Eu não escutava absolutamente nada. Odiava ficar sem meus pais. Comecei a ficar nervosa e com medo. Sentia um grande gelo na espinha.

- Mãe?... Pai?... Tracy?... –gritei, mas ninguém respondeu. O que havia acontecido com eles? Onde estavam? Será que tinham me abandonado? O velho... Será que fez algo com eles?... Não parava de olhar de um lado para o outro. Onde estariam? Por que me deixaram sozinha no carro?

O silencio novamente reinava. Estava no banco traseiro. Tentei abrir a porta e sair, mas não consegui. O carro estava todo fechado. Meu coração começou acelerar como se parecesse que iria sair pela boca. Minhas mãos e pernas tremiam muito. Só tinha treze anos.

Novamente olhei ao redor. Já tinha medo do bicho papão embaixo de minha cama, mas estar ali me assustava mais do que qualquer coisa. Fiquei olhando ao redor preocupada. O escuro dava a entender que tinha alguém do lado de fora me observando. Não sabia se estava mais segura dentro ou fora daquele carro. Um vento forte passou, jogando algumas folhas encima dos para-brisas. Fiquei mais nervosa ainda, de forma que meus olhos não vibravam. Comecei então a ouvir passos. O barulho deles parecia ficar cada vez mais próximo. Seriam meus pais? Tracy? Desejava muito que fosse algum deles.

Finalmente escutei uma tosse. Isso quebrou minhas esperanças, pois nenhum deles sequer fumava ou possuía doenças respiratórias. Além disso, a tosse lembrava um gemido grotesco. Meu coração disparou. Sabia que vinha em direção do carro, que naquele escuro e no meio de tantas árvores não era nada discreto. Estava sem meus pais e sem minha irmã, sendo apenas uma criança indefesa. Naquela situação, quem me ajudaria?

Sempre ia a igreja com minha mãe. Naquele momento horrível, lembrando disto, comecei a orar.

- Senhor Deus, ajude-me. Nunca gostei nem de mentir. Fui sempre a igreja com minha mamãe. Tenha misericórdia de minha pobre alma. Preciso muito do senhor, papaizinho do céu. Estou com muito medo. Ajude-me, por favor. –as lágrimas escorriam enquanto rezava.

De repente vi aquela sombra na porta, estava do meu lado esquerdo.

- Mãe! –exclamei e lancei-me para o lado oposto. O som da chave começou a ressoar e a porta se abriu.

- Papai! Papai! Socorro! –gritei como nunca em minha vida. Estava desesperada e tremendo. Não sabia o que iria me acontecer mais esperava pelo pior. Queria tanto que alguém me ajudasse.

- Cale-se fedelha! –seja quem fosse que abriu a porta, não era nada gentil. –Vem pra fora! –gritou me puxando pela perna. Fui tirada a força e jogada no chão. Minhas costas estremeceram na hora. Fui tomada por uma dor fina na coluna. Minha cabeça bateu numa pedra e começou a doer mais que as costas. Estava com um pijama branco, repleto de ursinhos azuis e um pequeno sobretudo. Ainda sim estava muito frio naquela noite e eu não conseguia ver quem era devido à escuridão. Também não fazia ideia de que horas seriam. Ele me colocou em pé e começou a tirar minha roupa. Puxou meu sobretudo com força e foi baixando a calça do meu pijama de ursinhos. Em seguida, rasgou minha calcinha e jogou-me no chão novamente. Olhando para cima, via apenas as árvores e aquela sombra grotesca, da qual sabia o monstro que era.

- Você vai sentir meu pau rasgar sua vagina, sua vadiazinha nojenta. –falou duma forma diabólica e ainda dando gargalhadas.

- Por favor, não faça isso comigo. Eu imploro. –estava chorando e comecei a gritar mais ainda. Ele, porém, ria como se estivesse adorando tudo aquilo.

Mamãe havia feito quatro trancinhas em mim. Ao vê-las, ficou furioso e abaixou-se. Foi quando vi seus braços. Eram brancos e musculosos. Enquanto arrancava minhas tranças, vi a tatuagem de uma caveira preta com apenas quatro dentes. Dois na parte superior e dois na inferior. Estavam no braço esquerdo. Ele puxava sem piedade. Minha cabeça doía ainda mais agora.

- Vou fazer sexo com você até cansar. Depois vou cortar seios, suas orelhas e arrancar suas mãos. Não se preocupe, vai adorar. Prometo também cortar sua garganta de forma rápida, para que não sinta dor. – falava tudo retirando o cinto e abaixando as calças. Neste instante agachou-se e ficou de bruços sobre mim. Colocou sua mão pesada e forte sobre meu rosto e virou. Não queria que eu visse sua face. Comecei a sentir o calor do corpo daquele monstro encima de mim. Sua respiração estava ofegante.

-Mãe! Pai! –gritei desesperada. Minha circulação parecia ferver. Meu coração batia tão rápido que com o frio, sentia falta de ar. Sentia-me comprimida sobre o chão, que com minúsculas pedrinhas machucavam minhas costas.

- Eu não chamaria por eles, sabe por quê? Matei todos. Mas como você era minha favorita deixei-a por ultimo. –sussurrou em meus ouvidos. Escutar aquilo foi pior do qualquer coisa. Meu choro intensificou-se, de forma que soluçava. Ele, no entanto, retornou a rir.

Tudo ficou claro de repente.

- Ali! Ali! –gritaram. O homem tomou um susto. Levantou-se rápido, pegou as roupas e saiu correndo o mais rápido que pode. Fiquei lá estirada no chão, com o corpo todo dolorido, mas tinha certeza que papai do céu havia me ajudado.

Capitulo 2



Meu pai tinha quarenta e cinco anos. Era um homem respeitoso e trabalhador. Possuía uma cafeteria, cujo eu, Rachel e mamãe ajudávamos. Era branco, meio gordinho e careca. Tinha um metro e oitenta de altura. Eu era dez centímetros menores que ele, apenas. Minha mãe era treze anos mais jovem que meu pai. Era negra, magra, e sempre se gabava por pesar cinquenta e sete quilogramas. Era mais alta que eu apenas oito centímetros. Seus cabelos eram pretos e baixos. Sempre brigava com ela, pois parecia um homem com aquele corte. Ambos estavam com pijamas, o que me fez ficar morta de vergonha. O que iam falar de mim com pais tão bregas?

- Então é aqui onde você faz trabalhos com April todo mês? –mentia sempre para meus pais, afirmando que iria estudar e fazer os deveres com April na casa dela quando na verdade vínhamos à Pleasure. A roupa que eu iria usar na boate, trocava na casa dela. A família dela não se importava e nunca contou a minha. April sempre me ajudou a mentir para meus pais. Minha irmã mais nova, Rachel, de treze anos também os acompanhava. Ela tinha um metro e cinquenta e seis de altura. Era branca e magra. Seus cabelos eram longos e castanhos. Tinha olhos azuis lindos como o céu. Seu nariz era um pouco pontiagudo, mas tinha um rostinho que parecia ser de porcelana.

- Eu juro que posso explicar. –falei levantando as mãos como se faz quando é abordado por um criminoso.

- Com essa roupa?  

Eu era fruto da primeira relação matrimonial de minha mãe. Parecia com ela, pois era negra, magra - pesava apenas cinquenta quilos-, meus cabelos eram pretos e encaracolados, mas não passavam dos meus seios. Tinha que admitir: possuía belos e grandes seios. Meu nariz era pequeno e achatado na ponta. Usava uma blusa com alças Pink, uma minissaia jeans e saltos rosa claro. Não gostava de usar maquiagem, pois acreditava que as mulheres deveriam expor a beleza natural que possuíam. Rachel, minha irmãzinha, era fruto do segundo casamento de George, nosso pai. Comportávamos-nos como uma verdadeira família no quesito união. Meus pais eram muito unidos.  

- Vamos pra casa agora, mocinha!

- Pai...

- Eu não acredito que você está mesmo insistindo em ficar, Tracy. –gritou minha mãe revoltada.

Fiquei em silencio, abaixei a cabeça e fui indo para o carro, estacionado a poucos metros da Pleasure. Era um calhambeque preto. Eles vieram logo atrás. Eu e Rachel ficamos no banco traseiro. Meu pai deu a partida e saímos.

- Estou decepcionada com você, Tracy. Muito decepcionada. –falou-me através do retrovisor.

- Era apenas uma boate, mãe.

Colocando a mão esquerda na testa, afirmou:

- Céus! Eu não estou ouvindo isso. –minha mãe estava indignada.

- São as amizades dela, Tânia. Companhias más corrompem bons costumes. – Estranhamente meu pai não estava tão bravo como ela.

A Pleasure ficava na entrada da cidade, mas as casas ficavam alguns quilômetros após. Nossa casa ficava muito distante, mas como eu e April pegamos carona com uns caras, nem me importei.  A estrada era repleta de árvores grandes, o que a noite, como agora, deixava-a muito assustadora. Não havia ninguém alem de nós ali. O silencio reinava dentro e fora do calhambeque. Fiquei repensando minha atitude. Não me considerava errada, afinal só queria me divertir. Além dos mais na primeira oportunidade estaria de volta a boate. Não muito longe, avistamos um homem. Ao ver nosso carro, acenou.

- Papai é melhor não parar. –minha irmã menor, Rachel, era muito medrosa. Falou bocejando, pois estava sonolenta e dormiu rapidamente depois de falar.

- Não precisa ter medo, querida.

O homem era velho e aparentava ter uns quarenta e dois anos. Era calvo com o rosto cheio de traços e rugas. O bigode era a estilo the moustache. A testa era muito marcada, aparentando estar sempre franzida. Possuía uma bolinha atípica no meio da mesma. As sobrancelhas eram pequenas e bem feitas. As orelhas, minúsculas. A cor dos cabelos e bigode lembrava o grisalho. Não conseguir ver muito bem a cor dos olhos, mas parecia cor de mel. O meio da cabeça dele era de fato vazio, dando a impressão de possuir chifres. Seu olhar me assustava, tanto quanto o sorriso que fez assim que meu pai parou.

- Posso ajudar senhor?

- Não sei como, mas meu carro derrapou e saiu da pista, indo parar entre essas arvores há alguns metros daqui. Pode me ajudar? –Não acreditava nesse velho. Para completar sua voz era muito grossa, o que dificultava ainda mais confiar nele. Porque um idoso, sozinho, estaria a andar a carro, correndo risco de morte e à uma hora dessas? Além disto, estava muito escuro. Havia apenas a luz da lua.

- Claro. –eu não estava acreditando no que ouvira. Sempre víamos nos noticiários e jornais pessoas mortas das mais bizarras formas por assassinos em série, mas como nossa família era puritana, logo meus pais deviam estar tentando “ajudar ao próximo”.

- Entre e lhe levamos até lá. –neste instante meu pai destravou a porta e ele entrou. Sentou-se justamente ao meu lado direito, no esquerdo estava Rachel dormindo.

Capitulo 1


A noite estava uma maravilha. A balada permanecia minha melhor maneira de escoar problemas. Sério, não havia melhor opção. Música alta e empolgante, caras para lá de lindos, muita bebida, e pra finalizar a queridinha. Estava sentada numa das mesas que ficava situada no meio da Pleasure. A boate –cujo nome significa prazer- era a mais procurada de toda Medford. Sua estrutura lembrava um prédio. Possuía apenas dois andares, sendo o segundo vip. Tudo era cor de rosa, desde a coloração das paredes a farda dos funcionários. O logotipo era o nome da boate estampado no terraço, como um grande outdoor brilhante cor de rosa. Era repleta de strippers atraentes a todos os gostos. Havia dez polidances na parte inferior. A superior continha treze. O consumo de drogas era licito lá dentro, o que cunhou a frase: “no seio da Pleasure, todos os prazeres são permitidos.” A noite de hoje era dedicada aos gays. Os strippers estavam fantasiados de policiais e a batida da musica, eletrônica, era similar a uma sirene. Meus pais, muito religiosos e conservadores, não me permitiam estar naquele ambiente. Mas eu, claro, sempre dava um jeito. Ia tanto que passei a ser cliente vip.

- Tracy, você não vai acreditar! –April era minha melhor amiga e sempre vínhamos juntas pra boate. Ambos tínhamos dezessete anos. Era uma loira de cabelos curtos, magra, branca, media mais ou menos um metro e setenta e cinco de altura. Seus seios deixavam a desejar, mas era recompensada com um bumbum enorme e belas pernas. Seus lábios eram grossos e seu nariz reto e grande, o que a fazia desejar uma rinoplastia para modifica-lo. Os olhos eram castanhos e um pouco juntinhos demais. Estava com um batom vermelho forte e uma sombra preta nos olhos. Usava uma minissaia –e coloque minúsculo nisto- de mesma cor do batom. A blusa, num estilo “tomara que caia”, era branca. Por fim calçava um par de saltos altos de cor preta. –Um cara muito gostoso acaba de me chamar pra casa dele. O que será que ele quer que a gente faça? –ficou me olhando com uma expressão muito sensual e irônica.

- Você não presta, concorda? –dei uma “tapinha” de leve em suas mãos. April era muito bacana, mas ia pra cama com qualquer um. Isso, porém, nunca afetou nossa amizade, afinal também não tinha nada de santa. Quase todas as vezes que vinha para Pleasure, traia meu namorado Jordan. Não que o amor tivesse acabado apenas não resistia a certos homens.

- É claro que eu presto. Mas é evidente que não perderei essa oportunidade. –disse-me sorrindo e sentando na cadeira que me ficava defronte.

- Fale mais sobre ele.

- Eu conheci o cara há uns dez minutos, Tracy. Quer o que?

- Desde quando isso lhe impediu? –nada nunca a atrapalhou de ficar com homens.

- Depois eu que não presto, né?... –inclinou a cabeça e fez “biquinho”. –Bom, ele é alto, branco, musculoso,- me fez um olhar muito obsceno e falou esta palavra de forma mais acentuada. –Tem cabelos pretos num corte meio que social. Esta usando uma jaqueta marrom e percebi que o carro que dirige é uma picape vermelha. –a velocidade com que ela guardava os atributos dos homens que conhecia me era espantosa. –Como poderia esquecer: tem olhos azuis e uma expressão facial de homem duro e rigoroso, como aqueles soldados do Exército. Isso me excita muito. Sério. Nunca dormi com homens assim.

Entrei em crise de risos e comecei a bater palmas.

- Minha noite hoje será nas estrelas! –gritou April sacudindo a cabeça e os braços. Eu ainda continuava rindo, agora, porém, escandalosamente.

- Há! Ele disse que tem queridinha suficiente para nós duas. –não acredito. Ele tem?! Era viciada em queridinha, que nada mais era que uma forma carinhosa de como chamávamos a cocaína. Conheci a droga aos quinze quando fui a uma festa na casa de April, no ano de 2007. Hoje aos dezessete, intensifiquei o uso e era praticamente viciada. Meus pais não faziam ideia de que não era mais virgem ou visitava a boate, quanto mais isto!

- Ele vai lhe dá?! –ou esse homem era muito generoso, um anjo de Deus, ou estava mentindo para levá-la pra cama. –Você tem certeza disso? Ele pode estar blefando.

- Não está. Eu vi.

- Ai meu Deus! –coloquei minha mão na boca, espantada. Teríamos queridinha de graça.

- Ficaremos de boa essa semana, companheira! –abraçou-me rindo e gritando novamente. Retornei a gritar de alegria.

A música estava bem alta, quando finalmente o homem que April tanto falara chegou até onde nos encontrávamos.

- April. –a voz dele de fato lembrava aqueles caras rígidos do Exercito. Ela se esqueceu de mencionar que ele possuía olheiras e algumas rugas em torno das bochechas. Tinha um sotaque estranho, do qual não sabia identificar de onde era. Suas sobrancelhas eram grandes e grossas, de forma que era quase uma só. Aparentava ser um bom pai de família que decidira trair a esposa e curtir com mulheres mais jovens.

- Já vai? –perguntou aparentando não querer ir no momento.

- Já. Vamos. –falou de forma autoritária. Parecia estar dando ordens a ela. Comecei então a olha-lo diferente. - Vamos! –desta vez reforçou e falou ainda mais alto e grosso.

- Já vou, Tray. –esse era o apelido carinhoso que ela me chamava. April se levantou e foi-se indo ao lado dele. Era estranho, mas sentia algo anormal, como um pressentimento de que algo ruim iria acontecer ainda naquela noite.

- April! –gritei. Não ignoraria aquele sentimento. –Eu vou com vocês até a porta.

- Não precisa. –disse-me de forma grossa o tal homem.

- Eu vou. –afirmei resoluta.

April parecia não entender aquela cena. Acompanhei-os até a picape vermelha, embora ao passar da porta, o homem novamente olhou-me como se dissesse: “não deveria vim só até aqui?”. Finalmente me toquei que nem o nome dele sabíamos.

- Como se chama? –perguntei. Não podia deixar minha melhor amiga sair com um cara que nenhuma de nós sabia o nome. No entanto, assustava-me o fato dela não se preocupar com isso. April começou a encará-lo como se também esperasse a resposta.

- Joseph.

- Tá. –disse April despreocupada, abriu a porta da picape e entrou. Joseph, por sua vez, foi mexer no fundo do carro. A picape era velha com pneus desgastados. Na traseira tinha sinais de acidente. Pude observar que a carroçaria tinha algumas cordas velhas, fios de arame novinhos, sacos plásticos de cor preta cheios e umas dez caixas pelo que pude contar. Inquietou-me o fato de ter aquelas coisas andando com ele. Joseph não parecia ser de Medford, onde morávamos.

Medford era a segunda principal cidade de Oregon, um dos cinquenta estados, dos Estados Unidos, ficando atrás apenas da cidade de Eugene. Oregon era rico em áreas vegetativas, como jardins, florestas e bosques. Considerado um dos maiores lugares “verdes” do planeta, ficava vizinho a Washington, a capital do país. As florestas em perenifólias, ou seja, arvores com folhas resistentes de inverno a inverno, o que fazia ficarem muito populares. Possuía também muitos rios e lagos, além de um nível estável e gracioso de chuva. Suas produções madeireiras correspondiam a dez por cento de todo os Estados Unidos. Oregon detinha maravilhosas e abundantes belezas naturais, o que fazia-nos orgulhosos e preocupados com o meio ambiente. O clima era temperado, com as quatro estações bem distintas.

- A gente se vê amanhã? –perguntou-me April ainda alegre.

- Sim. –já não respondi feliz. Sentia algo muito ruim. Joseph, dando a volta, entrou no carro e deu a partida. Fiquei vendo-os ir se afastando até que o carro saiu do alcance de minha percepção completamente.
- Olha quem está aqui, Tânia! –essa voz me era familiar. Vir-me-ei e... –Pai? Mãe? –estavam pasmos e boquiabertos.